domingo, 17 de outubro de 2010

Matisse, A Dança


A Dança

3 comentários:

Ana Brito disse...

Caro Amigo Osvaldo
Belo! é uma das maiores obras-primas do nosso século, considerada uma reacção tranquila, embora negativa, de Matisse ao Cubismo triunfante. Este quadro tem um significado mítico-cósmico: o solo é o horizonte terrestre, a curva do mundo; o céu tem a profundidade do azul-turquesa dos espaços interestelares; as figuras dançam como gigantes entre a terra e o firmamento. Matisse contrapõe a intuição sintética do todo relativamente ao Cubismo que analisa racionalmente o objecto, sendo que este quadro representa uma síntese complexa e expressa com a máxima simplicidade: é a síntese das artes. A música e a poesia confluem na pintura como elementos em tensão no espaço aberto: volume, linha e cor são dominantes e estão fortemente representados com intenções visuais puras.
Gosto muito, mesmo muito! e do Seu bom gosto...Direi que hoje este blogue tem veia artística: a poesia, a dança, a música, a pintura...
Grande Abraço com Amizade :)
Ana Brito

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Brito,

Congratulo-me com o S/ Comentário que em muita acrescenta a compreender esta obra do H.Matisse.
Abraço Amigo,
OC

Anónimo disse...

Caros,

Alguém já cogitou a hipótese do autor simplesmente estar interessado em pregar uma peça simples, compondo um desenho quase pueril com tintas de cores diferenciadas unicamente por falta d material e por tédio existencial?
Como julgar uma obra como "uma das maiores obras primas do nosso céculo" simplesmente por criar uma imagem subjetiva que, tanto pode se encaixar no relato descrito pela amiga Ana Brito, como simplesmente não ser absolutamente nada.
Porque o deslumbre exagerado por parte da classe dita "entendedora de artes" unicamente por um quadro que poderia ser pintado por uma criança da quarta série com o mínimo de aptidão artística? Se por um lado existe a possibilidade desse quadro ser complxo num ponto de vista, em outro ele pode ser tão superficial quanto uma aquarela pré-escolar!
Evidente que não desqualifico o brilhantismo de Matisse, mas endosse a possibilidade dele próprio ter exercido algum tipo de brincadeira pessoal justamente com essa classe supostamente intelectualizada e que nada mais é do que a piontura de pessoas dançando. PErfeita em sua técnica, MAS, APENAS pessoas dançando! Sem esse subjetivismo canastrão! Penso ser possível (não que seja efetivamente o caso) que nada desse delírio entre céu, terra, música e poesia ocorram.
Porque o simples seria menos belo? Porque a representação absoluta de pessoas dançando num monte esverdeado sob um céu azul teriam menos impacto do que delírios de grandeza que nãosão efetivamente corroborados pelo autor? (alguém perguntou pra ele se era esse seu intuito?).
Mozart, em seu brilhantismo, eventualmente compunha peças completamente desprovidas de nenhum significado unicamente para "passar o tempo"... Porque Matisse não pode ter feito o mesmo?