quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Euro/Crise: Emissão da dívida mostra reconhecimento do esforço...

Lisboa, 19 jan (Lusa)

O secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, afirmou hoje que a emissão de dívida portuguesa mostra que o esforço do Governo em matéria de consolidação orçamental está a ser reconhecido.

"Isto é para nós um sinal encorajador, na medida em que traduz o reconhecimento daquilo que tem vindo a ser o esforço do Governo na frente de consolidação orçamental", afirmou Costa Pina em declarações aos jornalistas no Ministério das Finanças.

Portugal vendeu hoje 750 milhões de euros de uma nova linha de Bilhetes do Tesouro (BT) a uma taxa de juro média de 4,029 por cento.

De acordo com os dados do leilão disponibilizados na agência de informação financeira Bloomberg, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) conseguiu colocar a totalidade prevista para esta nova linha de BT com maturidade em janeiro de 2012, com uma taxa de juro média abaixo dos 5,281 pagos na emissão anterior com maturidade semelhante.

"Esta foi uma colocação de bilhetes do tesouro que correu de forma bastante satisfatória", considerou o secretário de Estado, salientando que o "nível de procura foi três vezes superior à oferta" e que a taxa média de juro foi 125 pontos base inferior à verificada no último leilão de BT a 12 meses.

Para Costa Pina, o resultado do leilão é o "reconhecimento objetivo pelo mercado da adequação das políticas que têm vindo a ser seguidas num contexto de turbulência dos mercados financeiros que continua a verificar-se" e que o Governo tem de enfrentar.

O secretário de Estado destacou o facto de os leilões feitos este mês terem vindo "consistentemente a decorrer de forma melhor do que as emissões que haviam sido feitas no último trimestre do ano passado", nomeadamente as realizadas em novembro e dezembro.

"A operação hoje realizada confirmou essa tendência", disse.

Confrontado com o resultado alcançado numa emissão com maturidade semelhante realizada há um ano, em que a taxa média de juro para a colocação da dívida foi de 0,9 por cento, o secretário de Estado afirmou que essa comparação "não tem um significado útil para dele tirar consequências".

Costa Pina afirmou que "o que importa é analisar as condições a que a Repúblicas se está a conseguir financiar", destacando que os três leilões deste mês foram feitos "em condições consistentemente mais favoráveis do que as últimas realizadas".

CSJ/Lusa

***Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico***

Sem comentários: