sábado, 23 de julho de 2011

Suspeito, já detido, militou no partido da extrema direita durante 7 anos

por: Lusa Hoje

"O principal suspeito do duplo atentado de sexta-feira na Noruega é um antigo militante de uma formação da direita populista, o Partido do Progresso, a que pertenceu durante sete anos.

"Entristece-me ainda mais saber que esta pessoa já esteve connosco", disse o presidente do Partido do Progresso (FrP), Siv Jensen, em comunicado, citado pela agência de notícias France Presse. O partido pormenorizou que o suspeito, identificado como Anders Breivik Behring pela comunicação social norueguesa, fez parte das suas fileiras entre 1999 e 2006. O actual suspeito da morte de pelo menos 91 pessoas fez também parte da juventude local do FrP, a FpU, entre 2002 e 2004. O Partido do Progresso, de extrema direita, é um dos grupos políticos mais importantes da Noruega.

O canal TV2 adianta também hoje que o suspeito pertencia a círculos de extrema-direita. A polícia, que não confirmou a identidade do suspeito, descreve-o como um "fundamentalista cristão", de direita e hostil ao Islão. No seu perfil do Facebook, Breivik Behring descreve-se como "conservador" e "cristão". Na sexta-feira, a explosão de uma bomba no centro governamental de Oslo e um tiroteio num campo de férias organizado pelo Partido Trabalhista, numa ilha fora da capital, provocaram 91 mortos, segundo os últimos números divulgados pela polícia. Até agora, a polícia partia da hipótese de que o suspeito detido após o massacre na ilha Utoeya, onde morreram pelo menos 84 pessoas, tinha agido sozinho.

No entanto, informações recentes indicam que os investigadores não descartam a hipótese de que este tivesse cúmplices, especialmente para perpretar o ataque anterior sobre o complexo do governo em Oslo, que matou sete pessoas duas horas antes do tiroteio na ilha de Utoeya, a cerca de 40 quilómetros de Oslo. Fonte do governo português garantiu à Lusa que até ao momento não há registo de cidadãos nacionais entre os mortos e feridos resultantes dos dois atentados ocorridos na sexta-feira".



Lusa/DN

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