sábado, 26 de novembro de 2011

OE2012:PS diz que aguarda propostas para "diminuir injustiças"

por:Lusa/DN.pt-Hoje
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou hoje que a abertura do Governo para "modelar" medidas de austeridade não altera a posição dos socialistas e que a maioria PSD/CDS "fala muito em disponibilidade mas até ao momento não deu nenhum passo concreto".


Em declarações à Lusa, esta manhã, Carlos Zorrinho afirmou que os socialistas "aguardam que a maioria apresente propostas que venham ao encontro das preocupações do PS" e que "até ao momento a maioria tem-se mostrado irredutível".

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje de manhã, em Coimbra, que "o Governo mantém abertura se houver evolução do PS" para fazer "alguma modelação" na aplicação de medidas de austeridade com "impacto social mais pesado".

De acordo com Carlos Zorrinho, a maioria PSD/CDS "fala muito em disponibilidade mas até ao momento não deu nenhum passo concreto".

O Governo "não põe em causa a necessidade de adopção destas medidas", mas "está disponível para poder graduar a maneira como elas serão aplicadas", mas isso, advertiu Passos Coelho, "exige que se encontre do lado da receita a compensação necessária de modo a que o nosso valor do défice para o próximo ano" não fique comprometido.

É isso que os deputados "estão a avaliar" e "até segunda-feira haverá uma noção" se é possível "atingir esse equilíbrio ou não", disse Passos aos jornalistas.

Carlos Zorrinho garantiu que o PS "não está envolvido, nem comprometido com a proposta do Orçamento do Estado para 2012".

O líder da bancada socialista no parlamento salientou ainda à Lusa que até à data apenas "houve reuniões explicativas" com o Governo, onde o PS apresentou as suas propostas, em especial "a proposta de devolver um subsídio ou uma pensão, de manter o IVA na restauração, cultura e comidas para bebés".

Zorrinho sublinhou que o PS "sempre disse" que estaria disponível para explicar as suas propostas "a qualquer partido ou grupo parlamentar" e que "não há nem haverá qualquer processo negocial" com o Governo.

Em comunicado enviado à Lusa, o grupo parlamentar socialista acrescenta que as suas propostas passam ainda por "diminuir para metade a taxa de IRC para os lucros das empresas até 12.500 euros".

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