sábado, 12 de novembro de 2011

Protesto: Funcionários públicos desfilam até aos Restauradores contestando “roubo dos subsídios”

Lisboa, 12 nov (Lusa)
Funcionários públicos de todo o país estão a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, gritando palavras de ordem contra as medidas restritivas previstas no Orçamento do Estado para 2012 e de apelo à mobilização para a greve geral.

Ao som de frases como “Orçamento de agressão tem a nossa rejeição”, “Greve geral é fundamental” e “Não e não ao roubo dos subsídios”, os manifestantes deslocam-se para os Restauradores onde terminará o protesto com discursos dos líderes sindicais.

À cabeça da manifestação, segue uma delegação da Frente Comum (CGTP), seguida da Frente Sindical da Administração Pública (UGT), enquanto o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), também envolvido no protesto, marca a sua presença com enormes balões azuis.

O desfile é marcado pelo colorido das bandeiras sindicais e pelo ritmo dos bombos vindos da região Norte.

Apesar do céu estar cada vez mais escuro, ameaçando uma chuvada, ainda são muitas as pessoas que estão paradas nos passeios da Avenida para ver passar a manifestação

Como é habitual, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aguardava a manifestação a meio da avenida para manifestar a sua solidariedade para com a luta dos funcionários públicos.

“Os ataques do Governo não são só para os trabalhadores da administração pública, são também para os do setor privado”, disse Jerónimo de Sousa à Agência Lusa, referindo-se às alterações previstas em termos de legislação laboral, nomeadamente ao aumento do horário de trabalho em meia hora por dia.

O líder comunista defendeu que a luta dos trabalhadores é “a grande resposta à ofensiva do Governo” e a próxima greve geral demonstra que “há já uma vitória contra a ideologia da conformidade e da inevitabilidade”.

RRA/Lusa

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