terça-feira, 15 de novembro de 2011

PS defende junto da 'troika' Orçamento mais equitativo

DN.pt-Hoje- Fotografia © Gustavo Bom / Global Imagens

O PS defendeu hoje junto da troika a introdução de "ajustamentos" no programa de ajuda externa, sobretudo no acesso das empresas ao crédito, e a necessidade de o Orçamento ser mais equitativo na distribuição dos sacrifícios.

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas por Eurico Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, no final de uma reunião de hora e meia com os líderes das delegações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia presentes em Portugal para reavaliar o memorando de ajuda externa assinado pelo Estado Português em maio último.

No encontro, que decorreu na sede nacional do PS e que durou hora e meia, estiveram presentes pelo lado da troika Poul Thomsen (FMI) Jürgen Kröger (Comissão Europeia) Rasmus Rüffer (BCE), enquanto que a delegação dos socialistas foi chefiada pelo secretário-geral, António José Seguro.

Numa declaração feita aos jornalistas sem direito a perguntas, Eurico Dias disse que a direcção do PS reafirmou junto dos representantes da troika o seu compromisso em relação ao cumprimento do memorando.

No entanto, segundo este dirigente socialista, junto dos representantes da troika, o PS "também fez referência à necessidade óbvia de se ajustar o programa, em particular porque as suas condições de execução se têm vindo progressivamente a alterar nos três pilares fundamentais", sendo o primeiro deles o da consolidação fiscal.

"O acesso de Portugal aos mercados financeiros, no quadro europeu e internacional, parece cada vez mais complicado num curtíssimo prazo. Depois, no que respeita às reformas estruturais, os resultados não podem ter um carácter imediato", apontou Eurico Dias.

Desta forma, de acordo com o membro do Secretariado Nacional do PS, "há uma necessidade de atacar no curto prazo algumas das necessidades sentidas pelas empresas portuguesas, designadamente em termos de acesso ao crédito, tendo em vista a existência de capital circulante para exportar".

Na sua declaração, o dirigente socialista deixou ainda críticas à proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2012.

"O Orçamento para 2012 revela desequilíbrios no que respeita à distribuição de sacrifícios. O PS expressou de forma clara que pretende que o orçamento reflicta depois do debate na especialidade uma maior equidade na distribuição dos sacrifícios pedidos aos portugueses", acrescentou Eurico Dias.

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