segunda-feira, 25 de junho de 2012

Negócio dos restaurantes não resiste à crise e deve cair 15% em três anos

Sector poderá chegar ao final do ano a valer 4,17 mil milhões de euros. Segmento de pronto a comer é o único que cresce.O negócio da restauração em Portugal não está a resistir à crise. A cumprirem-se as previsões da consultora DBK, o sector em Portugal deverá facturar este ano 4,17 mil milhões de euros, o valor mais baixo dos últimos três anos. Significa uma queda acumulada de 15% face a 2009.Em 2011, a restauração valia 4,5 mil milhões de euros, uma descida de 6,3% face a 2010. De acordo com um estudo sectorial da consultora DBK, hoje divulgado, o contexto de aperto generalizado e de uma maior competitividade nos preços acabou por beneficiar os restaurantes de pronto-a-comer que cresceram 1% em volume de negócios o ano passado contrariando a tendência do sector. Em 2011 este segmento valia 755 milhões de euros, representando 17% do total do mercado.O aumento do IVA de 13 para 23% e a queda de consumo trouxe dificuldades aos empresários do sector que ajustaram os preços à nova realidade e lançaram “campanhas de promoções e descontos 
baixando ainda mais as suas margens”. 
Os restaurantes com serviço de mesa e os de self-service caíram 5,6 e 7,6%, respectivamente.Para este ano, a DBK estima que a restauração irá sofrer um recuo de 7% no volume de negócios, chegando aos 4,17 mil milhões de euros.A consultora refere ainda que o sector tem “um alto grau de atomização da oferta” e é composto maioritariamente por operadores independentes, “de tamanho reduzido e em que a propriedade do capital coincide habitualmente com a gestão da empresa”.
25.06.2012-Por:Público, Ana Rute Silva

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